sábado, 27 de março de 2010

A Maconha

"Qualquer droga faz mal. Eu acho que a maconha faz mal, a cocaína faz mal, álcool faz mal, mas eu...não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo." - Cazuza

AVISO: Este Texto pode Ofender. Não é uma apologia e não sou usuário.

Na china há 8000 A.C a Canabis Sativa, difundida como Maconha atualmente, era utilizada na fabricação de papel, sendo posteriormente usada na indústria têxtil e na medicina. Mais tarde, os Gregos, indianos, romanos, árabes e outros povos, utilizavam-na na fabricação de alimentos, fibras e fumo. Até meados do século XIX, produzia a maior parte de papéis, indústria textil e medicina, por ser de fácil cultivo e possuir a fibra natural mais resistente e forte. A maconha faz mal à saúde, é uma porta para outras dependências e gera violência e o tráfico. Será?

A proibição da maconha, históricamente falando, teve interesses econômicos, raciais e políticos americanos, principalmente. Ela faz mal a saúde? Assim como o Bacon, anfetaminas e Nicotina... E por que só ela foi proibida? Nas primeiras décadas do século XX, a maconha era liberada. No Brasil era "Coisa de Negro", utilizada para facilitar a comunicação com espíritos. Na Europa, associava-se com árabes, indianos e intelectuais boêmios que criticavam o governo e faziam rebuliço. Nos Estados Unidos eram os meio milhão de mexicanos que fumavam, entre 1915 e 1930, quando a imigração era enorme. A Cannabis estava presente em vários xaropes e remédios, na indústria textil (velas de barco, redes de pesca, tecidos resistentes), na produção de papel, plásticos e combustíveis, esta última, pela própria Ford.

Com a Lei Seca de 1933, imputada pela pressão de religiosos protestantes, proibindo a venda de bebidas alcoolicas, a maconha foi popularizada. Harry Anslinger, Chefe do Controle Estrangeiro em uma época onde a imigração de mexicanos crescia, difundiu a anti-maconha. Os mexicanos eram marginalizados e ligados a Maconha. A droga induzia ao sexo, gerava violência e ao crime. Porém estas questões não estavam relacionadas a droga e sim a discriminação e quesito culturo-sexual dos mexicanos. Anslinger passou a chefiar o Controle de Narcóticos e, quanto mais substâncias fossem proibidas, mais poder ele teria. Casado com a sobrinha de Andrew Mellon, dono da Du Point, indústria desenvolvedora do uso de petróleo, a extinção da Canabis Sativa era de interesse ecônomico. Por que? Pois o Petróleo que seria o responsável pela produção de plásticos, fibras sintéticas e combustível. Aliando-se então à Willian Randolph Hearst (Aquele que inspirou "Cidadão Kane") que tinha uma grande influência jornalística e um enorme ódio aos mexicanos que invadiram suas lavouras na Revolução de 1910, conseguiu difundir a idéia Anti-maconha. Hearst tinha plantações de Eucalipto que produziam o que? - Papel - produção voltada, principalmente pelo Cânhamo, substância da Canabis Sativa.

"O corpo esmagado da menina jazia espalhado na calçada um dia depois de mergulhar do quinto andar de um prédio de apartamentos em Chicago. Todos disseram que ela tinha se suicidado, mas, na verdade, foi homicídio. O assassino foi um narcótico conhecido na América como marijuana e na história como haxixe. Usado na forma de cigarros, ele é uma novidade nos Estados Unidos e é tão perigoso quanto uma cascavel." Esta é uma matéria publicada em 1937. A cena nunca aconteceu. Foi proibida a venda e até o cultivo da Canabis Sativa, mesmo levando em consideração seus investimentos industriais. Com a ilegalização, os governos mundiais poderiam enquadrar e controlas os negros, imigrantes e intelectuais. Algo como "Se não pode proibir alguém de ser o que é, proíbe-se algo que seja típico desta etnia". Em 1962 o presidente Kennedy expulsou Anslinger e admitiu o exagero em torno da maconha, mas não descriminalizou-a.

Tudo que é em excesso, faz mal sim.
A Maconha é desnecessária e faz mal se usada em excesso. Atualmente, sua utilização é unica e exclusivamente pela 'Vibe'.
A Holanda decidiu 'legalizar' a Maconha em 1976, desde que os usuários comprassem a Droga nos cafés autorizados (5g/dia). A intenção era diminuir o uso crescente da heroína e separá-las das drogas mais pesadas conseguidas no tráfico.
Além disso, a ligação à doenças pulmonares é proporcional ao cigarro, só o princípio ativo que muda - Da Nícotina ao Tetrahidrocanabinol; Apenas 6 à 12% dos usuários tornam-se compulsivos, sendo esta dependência é mais psicológica (Utilização como Valvula de Escape) do que física; Afeta na memória de curto prazo e raciocínio lógico, se usada frequentemente. Porém, 'perde' para o Alcool, que destrói muito mais a memória, a lógica e o cérebro como um todo; Acelera o coração, devendo ser evitada por quem tem problemas cardíacos, e reduz o número de espermatozóides; Pode precipitar crises de quem tem problemas psiquiatricos, principalmente a esquizofrenia; Entre outros. Várias pesquisas, nada comprovado.

Quer saber a minha opinião? Encontro-me indiferente. Àlias, sem opinião formada. Não sou contra, nem à favor. Considero o seu uso desnecessário, assim como o alcool e o cigarro, os quais também não sou adepto. Cigarro fede (e, muitas vezes, o usuário também) e o Alcool tem o gosto ruim. Não acredito que a legalização acabaria com o tráfico, mas não custa tentar. Àlias, a "Porta de Entrada" à outras drogas é o envolvimento com outros usuário e traficantes, não pelo uso da maconha. Se assim o fosse, com a legalização, evitaríamos o contato Usuário > Traficante e, logo, Usuário > Drogas mais pesadas. A questão é o bom senso. E pensem em um lado político-econômico: Quanto o Brasil e os países da America Latina cresceriam economicamente exportanto para o Hemisfério Norte? Haveriam mais dependentes, talvez, assim como a indústria do Alcool e do Cigarro...

Sei lá! Estou aqui para questionar e desordenar!

Não "Brisa", por que o preconceito é "Bad". O Negócio aqui é "de Boa" e "Larica" de Conhecimento... Não às Drogas! Sim ao Conhecimento!

Por Cláudio_DeLarge

6 comentários:

Natália disse...

Freud dizia que é impossível viver sem uma válvula de escape. A realidade é cruel. As coisas são incertas. Não sabemos de onde viemos nem pra onde vamos. Vivemos sempre em conflito e portanto, no caos. Acho que o escapismo é extremamente necessário, seja ele qual for. A religião, a música, a arte, o alcool, as demais drogas. São invenções que nos distraem de uma realidade que não compreendemos, que tentam dar algum sentido pra isso tudo.O vício não é doença, é um sintoma de algo muito mais grave.O problema não é sair do seu estado de consciência vez ou outra, beber num fds, fumar um pra dar uma viajada. O problema está exatamente quando não se suporta mais a realidade.
Em relação a proibição, está tudo no seu post, não tenho mais o que comentar. Os motivos econômicos/ideológios gritam.

Gostei da sua brisa, nem deu bad.

Anônimo disse...

CONTRA! Já não basta a porr--- do cigarro e da bebida, legalizar mais uma besteira eh burrice.

Natália disse...

Ahahaha Vixe. Esse não deve ter lido nem metade do texto.

[Feehshionist] disse...

verdade Natália, precisamos de fuga, alienação, de tudo que mostre um mundo mais colorido. Já cansei do mundo cinza e sujo do qual vivemos, estou passando por "bocados" que alguém da minha idade [17] não passariam jamais, mas enfim, fumo sempre que quero fugir da realidade. bebo, quando estou feliz. Nada com que é demais é bom. fumar um, uma vez por semana já está bom.

e quem sabe, nos deixa até mais inteligentes, vejam só Paul McCartney, quero ser igual ele quando crescer.

emanuel disse...

Concordo com a Natália !!

vinicius disse...

Leiam o livro da Lei,escrito pelo punho da Besta.É chegado o tempo da serpente alada do conhecimento trazer a glória dos deuses ao coração dos homens.O mundo está mudando...