segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Perdoe-me, Pê!

"Eu só choraria se Deus não quisesse o meu simsinhô. Ou se apenas me mostrasse a língua sem me deixar sugá-la." - Hilda Hilst

"Perdoa-me Cordélia, mas, a não ser tu, minha irmã és tão bela. Não teve um netido e premente desejo por mulher alguma. Mas sempre gosto de ser chupado. Então ás vezes seduzo algumas de beiçolinha revirada. Mas o falo na rosa, mas mulheres, só em extremos.

Há em todas as mulheres um langor, um largar-se que me desestimula.
Gosto de corpos duros, esguios, de nádegas iguais àqueles gomos ainda verdes, grudados tenazmente à sua envoltura.

Gosto de Cu de homem, cús viris, uns pelos negros ou aloirados à sua volta. Com um contrair-se um fechar-se cheio de opinião...
Bunda de mulher deve dar bons bifes, no caso de desastre na neve. Leste, sobre os tais que comeram os amiguinhos e amiguinhas congelados?

Voltando às nádegas. As tuas. Douradas e frescas, Tu fostes única. Tuas nádegas também. Firmes, altas, perfeitas como as de um rapaz.
Não faças essa cara, e não rias..."


- Trecho de "Cartas de um Sedutor", de autoria Hilda Hilst. Citado em DO COMEÇO AO FIM, de Aloízio Abranches.

3 comentários:

Natália disse...

A minha até da um bifão.

Anônimo disse...

Safadinho!

Carla disse...

Que texto safadinho #choque