domingo, 2 de agosto de 2009

O Viajante

Uns dizem-me que meu amor nasce do Cérebro,
Outros discordam, afirmando que é do Coração.
Levando em consideração que é um estranho sentimento
Vamos deixar de lado, um pouco, a razão.

Do coração, viaja pelas vias pulmonares,
Provocando uma respiração irregular.
Dissolve-se por toda a minha saliva,
que vira sua, quando começa a me beijar.

Porém você não sente o gosto do meu amor,
Por que ele esconde-se, frente ao seu tesão,
Mesmo que eu o salive por todo o corpo
Terminando em uma babada felação.

Porém, meu amor ainda encontra-se em sua saliva,
Que logo depois é expelida em um novo sexo oral
Só que o receptor trata-se de outra pessoa
E eu, presente, queimo no coração um olhar vagal.

O receptor goza e decidi ir ao banheiro
Defeca, urina e limpa a própria bunda
Ao entrar no banheiro, percebo que na lata de lixo
Encontra-se meu Amor, em uma folha de papel imunda.

Por Cláudio_DeLarge

5 comentários:

Luana disse...

Simplesmente ñ sei o que dizer.

Rodrigo Rocha Fortaleza disse...

Fico feliz em saber que minhas epifanias e surtos ajundam outros, obrigado pelas palavras e volte sempre, também acompanharei seu blog, você escreve muito bem, parabéns!

Abração!

Felipe disse...

Bonite.

Blynk disse...

"Mas é exatamente nesse frígido e repugnante semidesespero, nesta semicrença, neste consciente enterrar-se vivo, por aflição, no subsolo, por quarenta anos; nesta situação instransponível criada com esforço e, apesar de tudo, um tanto duvidosa, em toda esta peçonha dos desejos insatisfeitos que penetraram no interior do ser; em toda esta febre das vacilações, das decisões tomadas para sempre e dos arrependimentos que tornam a surgir um instante depois, em tudo isso é que consiste o sumo daquele estranho prazer de que falei."
..Blynk..

Nath disse...

Augusto dos Anjos que se cuide.