sábado, 27 de junho de 2009

Peter Pan - O Menino Que Não Queria Crescer

"Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança. Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar. Chorei porque daqui em diante chorarei menos. Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela." - Anais Nin

Ao procurar no Google o nome de Michael Jackson, são 83.800.000 milhões de registros em apenas 0,15 segundos, ganhando de nomes como The Beatles (35.800.000), Madonna (75.700.000) e Britney Spears (83.400.000).
Com 50 anos o cantor, compositor, dançarino, ator, publicitário, escritor, produtor, diretor, istrumentista, estilista e empresário (ufa!) faleceu de uma parada cardiaca em decorrência de um overdose do medicamento Demerol, semelhante a morfina. Em 1984, o astro iniciou a utilização do Demerol após ter sofrido um acidente doloroso que incendiou o seu cabelo enquanto filmava um comercial para a PEPSI. O analgesico possui efeitos tóxicos e, quando utilizado regularmente, pode incluir delírios, ataques epilépticos e outros efeitos neurofisiológicos.

Começou a carreira cedo e, da adolescência para a vida adulta, sofria de depressão. Neste periodo, seus maiores inimigos eram o nariz - ao qual o pai frequentemente zombava por ser grande - e a crescente acne. Muitos não sabem, mas a sua primeira rinoplastia (cirurgia na estrutura nasal) foi efetuada porque quebrou o nariz durante um ensaio em 1979. Devido a dificuldades respiratórias, submeteu-se a uma nova cirurgia.
O momento que o consagrou Rei do Pop foi na festa de 25 anos de Motown - sua primeira gravadora. Após cantar "Billie Jean" (Album "Thriller", 106 milhões de cópias vendidas, o recorde), Jackson andou até o canto esquerdo do palco e voltou... de costas. O passo de dança batizado como MoonWalk (Algo como 'passo na lua') foi descrito pela revista Rolling Stones, Travolta e Bob Fosse como "comparável apenas ao andar do vagabundo de Chaplin, à sequência de Gene Kelly em Cantando na Chuva e aos passos de Fred Astaire no filme Núpcias Reais".
Em 1993, durante uma entrevista a Oprah Winfrey, afirmou sofrer de vitiligo, uma doença não contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. O mesmo ano, aconteceu a primeira acusação de abuso sexual infantil e rumores de um relacionamento com Macaulay Culkin, porém as duas foram desmentidas. Em 2005, novas acusações surgiram, mas tambem foi absolvido por falta de provas.

Com aproximadamente 275 milhões de discos e coletâneas vendidos, Michael Jacksson é o recordista de recordes na industria musical. Mudou o cenário do Pop, do Soul, da gravação de videoclipes, da coreografia e da estruturação de shows de grande porte. Diagnosticado como um garoto de 10 anos, Jackson mostra-se extremamente ingênuo, frágil, triste e confuso em seu documentário "Living With Michael Jackson". Aconselho todos a assistir. Em certo ponto do documentário, Jackson diz que deixava as crianças dormirem em sua cama a pedido delas. Afirmava que dividir a cama com alguem é o maior ato amoroso que alguem pode fazer e, ele como anfitrião, não só oferecia a sua cama como tambem dormiria no chão se preciso.

Fiquei muito sensibilizado com a morte e, felizmente ou não, foi o motivo que me fez conhecer a discografia, clipografia e de perceber como é divertido dançar BEAT IT frente ao espelho. Quanto a quantidade de cirurgias plásticas e acusações de pedofilia, não cabe a nós julgarmos ou fazermos brincadeiras. Cada um tem a sua história de vida e suas próprias dores e renúncias. Uma coisa é você achar que está no caminho certo e outra é achar que o seu caminho é único. Vamos lembrar apenas as coisas boas - que não são poucas - deixadas por Mike, pois como disse Dante Alighieri "Quem és tu que queres julgar, com vista que só alcança um palmo, coisas que estão a mil milhas?"


. Luto: Michael Jackson, por ser uma eterna criança e Farrah Fawcett, fela garra na luta de três anos contra o câncer.


"Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais" - Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

Só corrigindo... Michael vendeu mais de 750 milhões de unidades, não 275.

Me assusta a culpa que a mídia carrega, de ter destruído o ídolo e, nos últimos anos, tê-lo transformado em uma bizarrice, aberração, decadente.
Agora eles falam que ele é o Rei do Pop, um gênio da música.
Ele sempre foi o Rei de Pop. Sempre foi um grande gênio da música, do canto, da dança.
Michael Jackson vai embora junto com os grandes, como Elvis, John Lennon, Janis Joplin, Fred Mercury, Jimi Hendrix, Frank Sinatra...
Vai embora junto com aqueles que agradaram a todos.

Beijos,

Rafa.