sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Vaca, a Dor, a Depilação e o Cú

Sábado, 9h da manhã e começo o dia na academia de dança alongando. Deitado de costas no chão, bumbum encostado na parede e pernas alongadas. A regra é: nunca flexiona-las, a não ser nos "Pliês". Meus pés lá no alto e a calça escorregando e apresentando minha canela peluda - muito peluda. Se eu utilizasse shorts nas aulas de ballet clássico, meus pêlos poderiam ser confundidos com polainas. Incomodado com a vasta "peladisse" de minha sala de aula, decido por depilação.

Não seria difícil. Minhas amigas já tinham me avisado da dor, mas apostava que era um exagero. Eram pêlos, não ossos, não haveria de doer tanto. Portanto, marquei depilação total - Leia o "Total" com entonação - Já que era para fazer, que fizesse tudo.

Saindo da academia de dança, comi uma coisinha leve, tomei um banho, passei um creme hidratante de açai e coloquei uma cueca boxer branca que me deixava gostosinho. Ultimamente ninguém tem me visto de cueca mesmo, vida sexual parada sabecomé, então tenho que utilizar as "Cuecas de Sexo" em momentos assim... /Pufcrise

Conheci então a moça que futuramente eu chamaria de VADIA. Peito grande, bunda grande e olhos grandes. Uma típica gostosona. Admito não lembrar o nome dela, afinal chamei-a mentalmente de "vaca" por diversas vezes. A Vaca (no caso, ela) pediu para que eu ficasse só de cueca e eu obedeci. A Vaca pediu que eu deitasse e eu obedeci. A vaca passou a camadinha de cera quentinha e gostosa em minhas pernas tão virgens quanto meu cu (atualmente) e eu achei agradável até. A vaca disse "Pode xingar e me chamar de vaca se quiser" e eu obedeci.

VAAAAAAACA, gritei num som gutural. Permita-me o palavreado, mas doeu para PORRA. Eram puxadas seguidas e a dor mudava para raiva, que mudava para desespero. Eu estava quase desistindo e voltando para casa meio peludo (literalmente), mas resisti. Mal sabia eu que a dor estava apenas começando.
- Quer virilha!? - mugiu aquela vaca
- Já que eu estou aqui, manda.
Senti aquela sensação gostosinha e agradável de antes, até que senti a puxada!!!
Fiquei segundos inconsciente. Minha vida sexual passou diante de meus olhos. Eu não tinha mais pele, ela estava naquela maldito papel. Na maca de tortura havia sobrado apenas minha ossada. Chorei sangue. Senti uma hemorragia na minha virilha.
Já consicente, tive vontade de chutar a Vaca, bater nela, gritar. Mas eu não tinha forças.
- Vire - mugiu novamente.
E eu obedeci.
Minha vida e vontade de viver estavam grudadas junto com o papel de cêra usado. Talvez meu estado de inconsciência viera pelo esquecimento de respirar. Simplesmente eu tinha esquecido. Eram puxadas seguidas. Pedi a Deus que me levasse, era muito sofrimento. Eu já estava delirando. Considerava-me no período Medieval da Santa Inquisição: Por ser gay. Eu mordi o travesseiro, chorei, xinguei, grunhi e rezei.
- Vai depilar o cu, moço!? - Mugiu
- Aham - Eu não tinha mais discernimento, apenas concordava. Estava drogado. Senti um liquido quentinho lá e pensei "Pronto, caguei de dor" - Era apenas a cêra. Não conseguia abrir os olhos e a unica coisa que conseguia piscar era meu ânus... só que de medo. E veio o momento... !!!
Eu estava no INFERNO e a Vaca e sua maquininha de cêra era o Diabo com o tridente. Procurei no ultimo papel de cêra a possibilidade de meu estômago ter saido junto. Eu era um zumbi agora. Um zumbi depilado.

A Ultima etapa era o SÚVACO - Isso mesmo, súvaco. Axilas é coisa de viatchynho. Quem sabe assim retorna a "macheza" que me foi tirada com os pêlos!?

Terminado, a Vaca mugiu para que eu me visse no espelho...
Que delícia! Eu me comeria se conseguisse. Totalmente lisinho. Poderiam lamber meu corpo inteiro que nada atrapalharia. Olhei meu bilau e percebi o quanto ele tinha crescido. Sem pêlos, ele parecia uma vagina superdesenvolvida, mas imponente, másculo e dizendo "Chupe-me, estou limpinho e não terá pentelhos em sua língua". Virei de costas e vi o Cú, rosinha e sorridente. Fiquei aliviado ao perceber que minhas pregas ainda estava ali mesmo após a sessão de tortura.

Olhei em meus olhos no espelho e pensei "Vou ligar para alguem e... transar".

Cláudio_DeLarge

9 comentários:

Gwidyon disse...

Adorei!
Acho incríveis seus textos, acho que já cheguei a dizer isso.

Acho uma leitura tão agradável, e vira e mexe me pego rindo sozinho na frente do PC!

Gosto tanto dos críticos quanto desses "textos-crônica".

Pela descrição dá pra quase sentir a dor. D:

Anônimo disse...

HHAHAHAHAHAHA!!!
Morri de rir.

Rony disse...

Tá td gostosinho.

Natália disse...

Hahahahah!

Não fique feliz, pelos crescem. E a dor volta.

PS: Shopenhauer comentando seu texto.

Danilo Domingues disse...

gosto do nu e do cru! sem complicações e perfeito

Paulinho disse...

Simplesmente SENSACIONAL seu texto, sua acidez erótica, seu humor debochado, nossa, não sabia que vc escrevia tão bem, fiquei encantando (e rindo demais!)
e nao sei, acho homem todo lisinho taaaaao estranho, parece uma coisa meio lesma hahaha

Fabi Nunes disse...

Chorei de rir agora!!! #morri

Vc é mto bom com seus textos hilários Claudinho!!! E tenho que confessar que depilação realmente é uma maneira inventada por algum psicopata especialista em torturas, pois de todas as dores q já senti essa é a pior, tatuagem é fichinha ...minha mãe é depiladora (pensa nas torturas sofridas durante a adolescência, pois ela não deixava passar gilete)... hahahaha... Saudades de vc!!! Bjus

Joyeux disse...

se eu pudesse, curtia o comentário da schopenhauer da maldade! hahahaha, cresce denovo, dói denovo essa porra, daqui há quinze dias você será estuprado novamente e sabe do mais legal? saca aquela coisa de "com o tempo acostuma"? NOT.

mundo4us disse...
Este comentário foi removido pelo autor.