domingo, 30 de maio de 2010

Glee - Em Busca da Fama

"Querem me bater? Vão em frente. Mas juro que não vou mudar. Tenho orgulho de ser diferente. É a melhor coisa que há em mim" - Kurt Hummel em GLEE

Por que considero GLEE uma das melhores séries em atividade e, provavelmente, será louvada por anos e anos? Porque discute temas controversos e polêmicos de forma sutil e sem hipocrisia, utiliza de diversidade de gêneros na escolha de sua trilha sonora, relembra musicais incríveis protagonizados por grandes vozes como Barbra Strainsend (The Funny Girl), Liza Minelli (Cabaret) e Audrey Hepburn (My Fair Lady, voz de Julie Andrews), representa os estigmatizados na hierarquia do status social e, até em seu maior defeito que é o roteiro, torna-o como qualidade. Sim, virei um Gleek!

Criada por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan e produzida pelo canal FOX, foi lançada em 18 de novembro de 2009. Conta-nos a história do "Glee Clube", um clube de coral formado pelos indivíduos menos populares e estigmatizados do colégio: Rachel Berry, a 'chatinha-estrelinha' que não assume que alguem possa ser melhor que ela; o cadeirante Artie, a adolescente grávida Quinn, o adolescente homossexual Kurt, a negra gordinha Mercedes, a asiática que finge ser gaga Tina, entre outros, todos coordenados por Will, o professor de espanhol (Portanto, o ultimo na hierarquia do corpo docente americano). Sue Sylvester, treinadora das lideres de torcida, faz de tudo para dissolver este coral, já que o mesmo poderia tirar o prestígio de sua Cheersleaders (Representação simbolica dos padrões de beleza que devem ser seguidos).

O diretor e criador da série, Ryan Murphy, é militante e homossexual assumido. GLEE possui várias questões ligadas a homossexualidade. Chris Colfer, inicialmente foi fazer o teste para Artie, o cadeirante, mas devido a sua história pessoal (Era criticado por fazer audições em papéis musicais femininos e sofria retaliações na escola devido a homossexualidade) recebeu o papel de Kurt Hummel, especialmente criado para ele. Além disso, a personagem de Lea Michelle, Rachel Berry é filha de um casal gay, onde no episódio 1x20 é discutida a importância de uma figura feminina na criação de uma criança. Sempre utilizando de sutilezas para transparecer a intenção maior da série: Mostrar o quão bonito é ser e aceitar a si mesmo, não importando-se com o que digam.

Recentemente a revista Newsweek publicou um artigo criticando a atuação de homossexuais em papéis heterossexuais, destinado à Jonathan Groff (O Jessie St. James). Alguns atores da série boicotaram e criticaram a posição da revista. O diretor sutilmente convidou Neil Patrick (O garanhão de How I Met Your Mother?) para o episódio 1x19 (Dream-On) para ser o personagem antagonico ao Will por roubar suas namoradas, formar um encontro de "Conversão em Viciados em Canto" e transar com Sue Sylvester (interpretada por Jane Lynch, tambem homossexual assumida).

Enfim, misturar Queen, Kiss e Journey com Madonna, Lady Gaga e Beyonce, no intervalo de musicais como Grease, Cabaret, My Fair Lady, O Mágico de Oz, Wicked e Funny Girl, transforma-o como a série mais expressiva criada. Ok, admito que estou encantado e até esqueço que o roteiro é, por muitas vezes seco e não aprofunda-se na riqueza que são os personagens... Mas para quê? A crítica está diante dos nossos olhos. Basta-nos sermos inteligentes o bastante para absorvermos e interpretarmos da melhor forma possóvel. Enfim, viciei, sou um Gleek. Suspeito, portanto, para dizer qualquer coisa.

Cantemos, a vida é um musical!

"SOMEBODY TO LOVE" - Glee Cast

"Quando eu estou triste simplesmente canto para melhorar as coisas" - GLEE

Por Cláudio_DeLarge

3 comentários:

Natália disse...

Quero veeer!

Paul disse...

Adoro o seriado...

JOhnny Reis disse...

Glee é mais que perfeito.