terça-feira, 8 de setembro de 2009

De Olhos Bem Fechados

"A embriaguez não cria vícios. Apenas põe-nos em evidência." (Sêneca)

Passa da uma hora da manhã e continua a música eletrônica em um volume o qual ouvem-se duas quadras depois. À noite do pré-feriado está quente, contrariando todas as previsões de tempo, e a piscina em temperatura ambiente encontra-se rodeada de corpos masculinos de sungas, com exceção de duas meninas gêmeas. São mais de dez meninos jovens homossexuais segurando suas cervejas, seus cigarros e dançando ritmicamente ao som da música alta. Todos, sem exceção, são lindos. Cada um com seu diferencial e sua característica marcante.

O menino loiro de olhos mel dança de um jeito engraçado sob efeito de ecstasy. O menino loiro de bunda redondinha e grande, que dá uma vontade louca de apertar, aperta um baseado junto com um moreno magro de rosto perfeitamente simétrico e nariz empinado. Um moreno de franja, boca carnuda e um corpo magro e definido em forma de triangulo de ponta cabeça conversa com um outro loirinho de cabelo liso, sorriso grande e uma bunda linda. Eu, de sunga preta realçando a barriga definida e a coxa musculosa, estou ao lado de meu namorado de boca perfeita e um cabelo liso caindo perfeitamente pela testa. Decido ir em direção ao moreno simétrico e ao loiro bundudo.

- Já experimentou maconha? - recebo a pergunta com um certo susto. Nunca tinha visto uma droga ilícita tão de perto.
- Não sei nem tragar direito - Respondo com uma curiosidade visível e olhos vidrados no cigarro.
- Simples, você puxa toda a respiração, faz um movimento de engolir a fumaça e solta devagarzinho. - O loiro bundudo explica enquanto demonstra.

Pego o cigarrinho com uma mistura de curiosidade e medo. Sempre me foi falado que qualquer tipo de droga é péssimo, mas a curiosidade é mais forte. Apoio meu terceiro copo de caipirinha de abacaxi na mesinha e aproximo o cigarro da boca. Calmamente respiro fundo e, percebendo que os pulmões estavam cheios, prendo a fumaça e faço um gesto de deglutição. Sinto a fumaça sair do meu pulmão e penetrar minhas temporas até soltá-la devagar e fumacenta pelo ar. Repito várias vezes e não percebo nenhuma mudança. Paro de prestar atenção nos meninos e simplesmente sinto o que acontece em minha mente. Não sinto nada do que esperava, apenas um silêncio. O silêncio torna-se extremamente engraçado e minha gargalhada sai de uma forma gostosa e relaxante. Na intenção de levantar a fim de pegar minha caipirinha, tudo parece mais lento, me dando uma felicidade imensa e vontade de rir. Consigo saber exatamente o que sinto e ver cada detalhe da festa. A lentidão deixa tudo mais visível e engraçado. A vida é engraçada, só não a percebemos.

Vou em direção ao quarto bem devagar e com um super sorriso. Ao deitar no colchão com meu namorado, derrubo caipirinha em meu braço, o que me faz rir ainda mais. A porta se abre e dela sai o menino moreno de rosto perfeitamente simétrico. E sem camiseta. Meu namorado chama-o para deitar-se no colchão. O menino deita-se no meio de nós dois. Meu namorado, adepto a um relacionamento aberto que ainda não se concretizou por insistência minha em querer um relacionamento exclusivo, faz com que eu abrace o menino moreno de rosto simétrico.

O menino de corpo triangular entra no quarto puxando conversa com meu namorado que logo se perde em uma discussão sobre política. Eu, ainda abraçado com o menino moreno sinto seu pau duro abaixo das minhas coxas, que agora o entrelaçava. Percebendo que o tezão era recíproco, ele puxou meu corpo para si fazendo com que minha coxa se pressionasse com seu pau duro. O roçar de sua barriga no meu penis me deixa com ainda mais tezão e uma louca vontade de beijá-lo cresce.

Atendendo um chamado do menino loiro de olhos mel, meu namorado sai do quarto. Não penso, tiro minha camiseta e beijo violentamente de língua o menino moreno, que pressiona o pau contra o meu, colocando minha mão sobre ele. Abro os olhos ao som da risada do menino de corpo triangular dizendo que éramos loucos. Por que loucos? Meu namorado já me oferecera tantas vezes aos seus amigos com a desculpa e/ou objetivo de fazer com que e tivesse novas experiências. Naquele momento percebi que não estava mais apaixonado. Olhei o menino moreno e em resposta recebi um sorriso malicioso seguido de uma discreta mordida no lábio. Sinto sua mão sobre minha bunda e seu dedo médio massageando próximo ao anus. Minha mão puxa seu cabelo violentamente para trás e minha coxa pressiona seu pau.

A porta abre e meu namorado entra no quarto, porém consigo afastar-me, ainda abraçado, a tempo de que ele não visse nada demais. Eu estava muito confuso. O menino loiro de olhos mel enta no quarto e chama o moreno simétrico e o menino de corpo atlético triangular. Sozinho com meu namorado, confesso o acontecido. O mesmo sorri e diz que tudo bem.
Percebi que tinha certeza que não mais estava apaixonado.

Pegando a quinta caipirinha da noite, dou dois goles fortes. Sinto a vodca rasgar minha garganta. Em seguida, vejo o moreno simétrico me olhando. Ele sorri e diz em voz alta "Vou tomar um banho. Quero companhia". Olho os pés dele, subo pelas pernas e pela coxa que me deixa absorto e com um grande tezão. Observo durante dois segundos demorados sua cueca vinho e o volume 'meia-bomba'. Subo o olhar pela barriga definida, corpo magro chegando ao sorriso malicioso e convidativo. Ele abre a porta, entra no quarto ainda escuro e volta o olhar para mim, dando mais um sorriso e a deixando a porta entreaberta. Ele ainda olha fixamente para mim. Mesmo afastando-se e no escuro, sinto que ele ainda me olha. Eu e meu pau totalmente ereto.

Por Cláudio_DeLarge

9 comentários:

Natália disse...

Embriaguez, maconha e muito sexo. Tá me saindo um perfeito boêmio.

Fátima Jaguanharo disse...

Acho que tudo que já cnversamos foi em vão..., mas nao se esqueça que a curiosidade pode levar ao fundo do poço, numa viagem sem volta!
Cadê meu menino cuidadoso e precavido?
Li e reli várias vezes (cigarrinho), não consegui ler mais, pq as lágrimas me impedem.Estou sem chão!
Sei que criamos filhos p/ o mundo,por favor, te peço: não mude, continue como sempre foi, até antes dessa sua viagem. Te amo do jeito como é.., nao embarque nessa outra...nao quero nem posso te perder.

Felipe Marques disse...

Maconha me deixa mole> odiei. haha

André Luiz disse...

Caro Cláudio,

Lendo essa história, comecei a pensar que, afinal, sou feito de papel.
Nem é pelo fato de eu ser tão careta que ninguém nem teria a manha de me oferecer um baseado que fosse.
É sobre esse negócio de paixão, relacionamento aberto, novas experiências, etc.
Decididamente não sei o que é um relacionamento. Temo que nunca saberei. Pois todo relacionamento tem momentos em que um dos dois, ou ambos, quer experimentar novos gostos. Se pular a cerca, pode vir arrependimento de um ou mágoa do outro. Se não pular a cerca, pode vir frustração por uma chance perdida.

Felicito-o por sua franqueza e sinceridade.

Josias Rickli Neto disse...

como diria Caetano:

"Você nem vai me reconhecer
quando eu passar por você
de cara alegre e cruel
feliz e mau como um pau duro
acendendo-se no escuro"

é sempre bom ter 19 anos... rsrs

L. Fernando disse...

Ainda não tenho uma opinião concreta pra um comentário, mas não contesto nada, longe de mim! Só comentei pra dizer que li. Viva a liberdade, seja ela como for!

Fabiano (LicoSp) disse...

As aventuras e desventuras da juventude. O máximo q experimentei até hj foi uma bala de maconha, em Amsterdã... não direi q nao sinto um pouco d vontade d outros experimentos, mas até hj ocnsegui segurar meus desejos e tento a todo custo segurar os do meu namorado.

Já ouvi muito falar d ti...
abraços

Joao disse...

Geeeente, eu to na história. rssss
Adorei o jeito q vc escreve, by the way.

Vitor disse...

gente bafo
sauhsauhsausah
soh nao de o endereco do dono da casa. imagina neh
:P

claudio
da hora que vc ta se descobrindo
sp eh um lugar de gente loka, de gente moderna, de gente sem cabeca, de gente com mta cabeca.

ahaza na experiencia.
bjbjbjb