sábado, 11 de julho de 2009

A Primeira Noite de um Homem

Abro os olhos ao som do despertador celular às 13h. Talvez nem o precisasse, já que meu estado de ansiedade era tão grande que confundia os sonhos que tive com os momentos que passei acordado pensando nele. Não tinha certeza se realmente havia dormido. Haviamos combinado que, logo que ele chegasse da balada e dormisse por algumas horas, ligaria para ele a fim de combinarmos sair.
Ligo uma vez. Outra e outra. O celular continua apenas chamando. Dez minutos depois vejo seu nome no visualizador. Com um certo alívio, atendo o telefone e ele combina de me ligar assim que terminar um determinado trabalho. Desligo o telefone e sorrio.
Tomo o banho mais trabalhado possível. Depilo-me e, ainda nú, procuro no google o passo-a-passo de como fazer uma 'chuca'. Minha primeira vez deveria estar livre de problemas. Depois deste processo meio desconfortável, com bumbum lisinho e com hidratante vou assistir um filme e escolho "A Doce Vida", de Fellini. Depois de ter dormido 4 horas, não aguento e acabo pegando no sono. Acordo com o telefone tocando e penso, É ele. Pego o celular e é uma mensagem de um flerte do trabalho. Volto a cochilar mas logo sou interrompido por uma nova mensagem. Penso, é ele. Pego o celular e é a mensagem de um menino que conheci no dia anterior, n'A LOCA. Sem paciência, decido levantar e comer alguma coisa. Sem saber o que fazer, asso uma caixa inteira de nuggets de legumes e os como com Coca-Cola. O relógio passa do ponteiro das 17h, para as 19h. A ansiedade transforma-se em raiva. São quase 9h esperando uma maldita ligação e, sem paciência, decido bater uma punheta. Não teria 'minha primeira vez' naquela noite mesmo.
Encontro-o no MSN e decido não ir mais. Em 20 minutos ele me liga pedindo desculpas. Solicitou um novo prazo para o seu cliente e pede para que comemos algo. A raiva desaparece. Troco de roupa e coloco perfume apenas atrás da orelha, para que não fique com gosto quando ele for beijar o meu pescoço.
Ao chegar no restaurante, ele pega em minhas mãos e andamos juntos. Vários olhares pousam-se sob nós. Escolhemos uma mesa e fazemos os pedidos. Ele escolhe três cumbucas de sopa com gostos diferentes, mais um prato se salada e três pedaços de bolo. Eu peço um sanduíche simples. Minha expectativa da primeira vez era tão grande que se no cardápio tivesse DRAMIN, eu o pediria.
Conversando, ele comenta de como acha o garçom gostosinho. Fico meio desconfortável com o comentário, mas concordo com ele. Ele levanta e decidi pegar mais alguma coisa para comer. No caminho ele conversa com o garçom. Voltando para a mesa novamente, ele comenta que o garçom me achou lindo. Dou risada e me acostumo com a idéia. Sexo com três participantes sempre me foi excitante.
Pagamos e nos dirigimos ao carro. Chegando, entro em seu 'cafofo', pequeno e muito confortável. Ele liga a TV e me pego extremamente entretido assistindo Harry Potter. Idiota!

O filme acaba e começamos a nos beijar. Ele tira a minha camiseta e lambe meus mamilos. Nos despimos aos poucos e rapidamente. Ele me olha e elogia meus olhos. Pressiono o corpo dele no meu e meu pau dopa-se com o dele. Duros. Beija meu pescoço, meu peitoral, minha barriga e começa a me chupar. Minha mão enrosca em seu cabelo liso na intenção de não fazê-lo parar. Ele volta para me beijar. Meu peito esquenta. Não sei se começo na iniciativa da ativo ou passivo. Meu coração acelera e sinto-o latejar por todo o meu corpo. Ele, sabendo do meu nervosismo, que não escondia-se frente as minhas tremedeiras referentes a minha 'Primeira Vez', conversa comigo. "Não farei nada que você não queira. Quer parar?". Parar!? Parar por que? Estou indo tão ruim assim?
Ele me coloca de bruços e abre uma nécessaire com alguns tubos de KY. Passa em mim e nele. Sinto-o em cima de mim. Na hora, peço-o para parar. Quase esquecemos da camisinha. Ele coloca-a e recomeça. O medo confunde-se com a dor. Ainda não o sentia dentro de mim e achava que eu fazia algo de errado. Minutos passam e não há dedos que o façam penetrar. Ele abre minhas pernas e sinto seu corpo pesado sobre o meu. Aos poucos, sinto-o dentro de mim. Calmamente e com movimentos contínuos, a dor transforma-se em um estranho prazer. Dirígi meu quadril para si e os movimentos ficam mais rápidos. Ajoelhados, puxo-o ainda mais para dentro de mim. Ele vinha em minha direção e eu na direção dele. Baques, choque e uma pequena violência. Ponho-me sob ele. Beijo-o e sinto-o. Não quero que aquilo acabe nunca mais. Voltamos a posição inicial e começo a me masturbar. Quase gozando, paro com receio de sujar o seu lençol. Ele deita e goza. Nos abraçamos. Tomamos banho juntos e dormimos abraçados. Valeu a pena esperar, mas não era necessária tanta tensão, afinal, não o vejo mais como um namorado, mas como um amigo.

Se antes eu soubesse que era tão gostoso, tinha começado antes. Agora, quero todo dia.


"Sexo alivia as tensões. Amor as causa" - Woody Allen

Por Cláudio_Delarge

2 comentários:

Anônimo disse...

É, realmente você é um escritor.
Li desesperadamente e fiquei completamente tonto.
Muito bom.

Rafa.

Nath disse...

Você é meu ídolo. Consegue relatar uma experiência sexual de uma forma cult, natural e envolvente *ui*.