terça-feira, 21 de abril de 2009

"Amor, Entre Outros Desastres."

Amar-lhe-ia.
Amar como verbo transitivo é aquele que não tem sentido completo sozinho. Demorei a perceber isso. Amar, não é intransitivo e não é individual. Mesmo que os verbos intransitivos não precisem de complemento, ao mesmo tempo não se movimentam, não transitam e sua oração é curta.
Este tempo é o futuro do pretérito. Foi escolhido por relacionar-se a irrealidade, hipótese e incerteza. Minha razão desistiu de amar, então você é meu passado, mesmo meu coração visualizando-lhe em meu futuro. O futuro do meu passado. O Futuro do pretérito.
Por ultimo, digo-lhe isso em mesóclise. Esta colocação só pode ser utilizada em verbos no futuro. Futuro do presente ou apenas do meu passado. Verbo no infinitivo, do infinito e que nunca termina. Na mesóclise temos o pronome obliquo átono “lhe” que representa a terceira pessoa. “Ele”, que está entre nós. Um terceiro travesseiro. Um terceiro “amar”. O único obstáculo do meu “Amarei”.
Esperar-lhe-ei. Até lá, serei apenas mais um verbo intransitivo.
(Dedicado ao mentiroso menino do Metrô).

Cláudio_DeLarge

11 comentários:

Raafa_ disse...

Clááááááudio! *----*
adorei!
JURO!

aaah meu amigo é escritor ;P
HAHAHA

e esse final, uau!
HAHA

me ensina a escrever um diiia??
[exagerado]

enfiiiim.
estou a espera do próximo 'post'
:*eabraço

Unknown disse...

Lindo!
O amor exige conjugação e pronomes tanto quanto exige dedicação e respeito. Aiai...
Esperando os próximos posts!

Mattos/Alex disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mattos/Alex disse...

Nossa Clau, Parabéns!
Belas palavras, belo texto!
O senhorzinho vai loooooonge. ^^


Obs: vc ta apaixonadinho? auhsuahsuah

Bejos (L)

Alex. M

Fátima Jaguanharo disse...

Que lindo e romântico! Você é meu Poeta e Pensador!
O amor é indefinível, por mais que procuremos palavras nas gramáticas, em dicionários, em compêndios e enciclopédias, não conseguiremos decifrá-lo ou expressá-lo através das palavras escritas ou faladas em sua real amplitude...só nos cabe sentí-lo. Sentir e expressar esse sentimento atrAvés do olhar, do sorriso, dos gestos.
Lindo! Lindo! Lindo!

Anônimo disse...

[“Ele”, que está entre nós]

Boquiabertamente só tenho fôlego pra dizer: poesia!

Algo formiga aqui dentro, sentimento bom desses que fazem a gente suspirar!

Ler-te-ei sempre!
Desejar-te-ei igualmente...

De mim.

Anônimo disse...

Um texto que fala de amor, mas que também é carregado de ódio...
O grande conflito em nossas vidas: o amor e o ódio.
Eles não caminham lado a lado, e sim juntos, misturados.
Seu texto fala do seu amor... Mas, para mim, fala do seu ódio também. E assim como devemos pensar sobre nosso amor, temos que pensar sobre nosso ódio.
Aprendemos a entender e sublimar o ódio, e também aprendemos a usar o amor.
Usar amor para ser capaz de amar.
Porque amor está dentro de nós e amar está entre nós e o outro.
O amor é inato, mas amar é aprendido.

Eu confesso que fiquei extremamente surpreso com seu texto!! Curto no tamanho e imenso no sentido que as palavras tem.
O segundo parágrafo é simplesmente perfeito!
E no terceiro, quando li "Futuro do presente ou apenas do meu passado" fiquei emocionado... Na hora me senti confuso e pensei não ter entendido a frase, mas depois descobri que eu havia entendido sim, e a confusão surgiu para mascarar o sentido real, que tocou na minha própria história de vida.
Isso que é o mais bonito na arte de escrever. Quando a dor do leitor se identifica com a dor do escritor.

E retomando a frase descubro um sentido interessante... É mesmo uma frase, pois não há verbo: "Futuro do presente ou apenas do meu passado".
Será que a falta de verbo tem algum sentido nesta frase?
Uma lamentação sem ação, sem vida.
Só há vida no movimento, interno e externo.
O movimento externo, neste caso, é a nossa capacidade de amar. E o interno é entendermos nosso amor e nossas atitudes. Para saber usá-los.

Um dia escrevi algo que nem sei em qual arquivo do meu computador está gravado, mas retomo algumas palavras aqui.
Descobri que devemos cuidar do nosso jardim para atrair as borboletas... Não é mesmo? Pois com tempo descobri também que algumas borboletas tem asinhas machucadas, e não conseguem voar... Aprendi também a perdoar essas borboletas, porque elas não tem culpa por terem asinhas tão machucadas...
E perdoar e amar são quase a mesma coisa. Mas a profundidade do sentido disso fica para uma outra hora.

Enfim, parabéns pelas palavras!!! Você não será, e sim É um ótimo escritor.

Beijos,

Rafa.

Natália disse...

Amar-te-ei sempre.

Você é meu objeto direto/indireto coordenado sindético composto por subordinação craseado e com trema.

Anônimo disse...

Claudio, Parabéns!!! Muito lindo todo o texto, você é lindo! e principalmente de tudo tem uma mente brilhante!

Te amo!

Felipe!

Anônimo disse...

Amplidão. . .sê-lo-ei.

Lilian Regazzo disse...

Hahaha Não acredito que procurei em imagens Google "Amor entre outros desastres" e encontrei uma foto sua...te adoro! Se cuida menino....to com saudades...